sexta-feira, 5 de março de 2010

Quando a mãe do meu namorado não é minha sogra!

Quando um cara começa a namorar uma moça a mãe dela automaticamente se torna a sogra dele, independente de ambos se gostarem ou não.
Com um casal gay a coisa já não é bem assim. Porque nem sempre a mãe do seu namorado aceita a sexualidade dele. E existem outras que simplesmente desconhecem ou fingem que não sabem que seus filhos são gays
E devido você namorar um cara que não é assumido se faz necessário "se vestir' de melhor amigo pra família do garoto.
Eu tinha um namorado que a mãe dele era um amor comigo, a sogra que sempre quis ter, se não fosse por um detalhe: Ela não sabia que eu era seu genro! Será que o tratamento seria o mesmo se soubesse? Será que ela só era tão amorosa e delicada por achar que estava tratando o melhor amigo do filho? Será que seria o mesmo tratamento dado ao namorado dele?
O fato é que a situação é complicada até mesmo quando seu namorado é assumido pra mãe, pois ela pode até aceitar que o filho seja gay, mas não entende. E no meio disso está o fato de você ser o cara que se "deita" com o filho dela.
Nesta situação muitas mães preferem se enganar. Principalmente se o filho não leva a relação com o namorado de maneira explicita. Evitando beijos, carinhos e palavras de amor perto da mãe e familiares.
E assim fica bem mais fácil pra "Dona Fulana" tentar ver o namorado do filho apenas como um carinha que visita sua casa, entra, diz boa noite e se tranca no quarto (o que ela prefere nem imaginar o que eles fazem lá dentro).
Dessa maneira fica muito difícil pro namorado saber como agir, como tratar aquela que deveria ser sua sogra mas que na verdade não lhe ver como genro.
Eu por exemplo passo por situação parecida. A mãe de meu namorado que não é uma má pessoa, muito pelo contrario! É uma pessoa que eu facilmente gostaria se fosse minha vizinha, minha tia ou amiga de minha mãe,mas ela não é nada disso, é a mãe dele! E por isso eu deveria trata-la como sogra certo? ERRADO! Ela prefere que não seja assim! Ela não me ver como genro. Percebo isso claramente em suas atitudes, ou melhor na falta delas.
E assim fico sem saber como me posicionar! Não posso trata-la com carinho, beijos no rosto e delicadeza (que é a maneira que trataria aquela que fosse minha sogra), pois até tentei mas não vi reciproca. 
Não a posso trata-la por "Dona" e "Senhora" que é a maneira que acho correta de tratar pessoas mais velhas ou que tenham alguma importancia, pois ela não gosta!
E também não a posso trata-la com indiferença porque ela é a mãe de meu namorado! O que fazer? Simplesmente trata-la!
Não a recrimino, jamais! Tentar entender o filho e aceita-lo já demonstra a grande mãe que é! Repito! GRANDE MÃE! Não grande sogra! Por esse motivo sei que quando tenta ser educada e gentil, nunca é um interesse em conquistar a minha pessoa, mas sim em agradar o filho que tão importante é para ela!
Nesse caso a solução foi não dar o melhor Paulo de mim (que costumo dar para aqueles que gosto), não dar o pior Paulo (que costumo dar para aqueles que não gosto), mas sim não dar Paulo nenhum!
A não ser uma figura quase que robótica ligada no piloto automático e pronta pra dizer: Bom dia, Boa tarde, Boa noite e tchau!


2 comentários:

  1. Meu lindo, é por isso que eu gostei do filme pra TV "Juste une question d'amour", onde a sensacional Eva Darlan dá uma lição nada hipócrita, mas bombástica quando ocorrem algumas saídas de armário.

    Aliás, este filme, que assisti muito antes de os sites terem-no comumente (tive de penar para seguir o francês falado mui rápido; nem tinha legenda na época) e para se ter uma idéia, na França que até então não mantinha a mesma dependência que os brasileiros têm da TV, respondeu com 10% de toda a população (homens, mulheres, crianças, cachorros) do país.

    Estamos falando de uma década atrás, de um filme pra TV em canal do Governo com temática gay.

    Agora que fiz o "merchã", assiste, né?!

    Abrass

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  2. Bom... eu tive uma sogra que tentou passar com o carro por cima de mim, duas vezes.
    Acho que ela não gostava muito de mim.
    Brincadeiras a parte... esse é um conflito bem grande, principalmente quando você é assumido e leva sua vida de boa e seu namorado não, precisa ficar se escondendo e se esgueirando da família o tempo todo.


    Inté!!!

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