quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A dor da separação

Todo fim é traumático! Por mais que o relacionamento acabe de comum acordo, por mais que já não exista mais amor e por mais que vocês se tornem amigos é sempre muito difícil terminar. É sempre uma dor muito grande!

A dor da separação é sem dúvida nenhuma uma das maiores dores do ser humano. É quase que chorar por alguém que morreu!
E não deixa de ser. É a morte de um relacionamento!
É dar as costas pro passado e a partir de agora continuar a história sozinho!

É muito difícil você conviver com uma pessoa que você diz que a ama todos os dias e ouve o mesmo, fazem planos juntos, montam uma casa, criam uma história e de repente boom! Tudo acaba como num passe de mágica!
E os planos que vocês tinham juntos? Os risos? As brincadeiras? Aquela comida gostosa que só ele sabia fazer? É amigo! Agora você tem que se acostumar a viver sem ele, e a pensar como um!
Quando estamos namorando pensamos como dois.
Não dar pro meu amor ir pra balada também não irei! Meus amigos querem marcar uma reunião na sábado? Terei que consultar meu namorado! Pretendo entrar na academia, pretendo fazer aquele curso. Quero a opinião dele!

Quando se termina um namoro é como se nascesse de novo para um mundo de incertezas, para um futuro incerto e que possivelmente não será bom! A gente sempre imagina no fim de um namoro que nunca mais iremos amar, que nunca mais encontraremos alguém tão especial, que nunca mais viveremos uma história bonita! Que nunca mais!

A pior coisa é a fase da adaptação de uma vida agora sozinho! São tantas coisas que fazem lembrar dele. Um cheiro, um filme, uma roupa, uma frase, a cama....
É estranho conviver com uma pessoa diariamente e te-la como a pessoa mais intima de nossa vida e de repente quando tudo acaba ter que fingir que ela nunca existiu!
Hoje vocês podem estar rindo juntos e fazendo planos, e talvez daqui a um mês, uma semana, amanha! Ele passe do seu lado e vocês finjam que nem se conhecem.


Em uma cena da minissérie "Presença de Anita", a personagem Lúcia Helena interpretada por Helena Ranaldi tem o seguinte dialogo com seu ex marido Nando, interpretado por José Mayer:

Nando: Está me tratando como se fosse um estranho que invadiu sua casa. Sou seu marido!
Lúcia Helena: É, mas é assim mesmo. Uma pessoa íntima, ao se afastar fica mais estranha que as outras.

Eu que já namorei muitas vezes e consequentemente já terminei vários namoros, percebo claramente o que a personagem quis dizer! E nítido quando terminamos uma relação e mantemos contato com o ex como as coisas ficam estranhas.
Você não sabe como se comportar, como falar, o que falar!
A sensação que se tem é que se está diante de uma outra pessoa, que você não conhece! Não parece a mesma que tantas vezes fizeram sexo, falaram palavras de amor, cometeram gafes...
Aí você percebe que realmente você não conhecia aquela pessoa. E que a única coisa que ligava vocês, que vocês tinham em comum, era o namoro. Que agora não existe mais!
Apesar da sensação de: "O que eu vou fazer da minha vida agora?" que sempre sentimos ao fim de cada relacionamento, é necessário que tenhamos força pra levar a vida adiante. É como diz Renato Russo em "Vento no litoral": Já que você não está aqui, o que eu posso fazer é cuidar de mim! Quero ser feliz ao menos! Lembra que o plano era ficarmos bem?"
E não esquecendo que sempre tem um outro lado da moeda, que sempre tem o lado bom das coisas.
Então não se apegue ao passado, não fique preso em casa, não fique lembrando do quanto era feliz! Essas coisas só o prejudicarão!
Se apegue ao futuro! Faça aquelas coisas que te dão prazer e que possivelmente você tinha deixado um pouco de lado por causa dele. Retome as amizades! Mude o visual! Saia de casa!
E lembre-se! Existe um monte de gente interessante por aí que estão loucos para conhecer você!

Há um mundo lá fora te esperando!

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